Série Cultura: Senhor Quelé, brincante do Reisado de Oeiras e região. Saiba quem foi ele! - Blog do Weslley Boy Série Cultura: Senhor Quelé, brincante do Reisado de Oeiras e região. Saiba quem foi ele!

Série Cultura: Senhor Quelé, brincante do Reisado de Oeiras e região. Saiba quem foi ele!

"Fazer Cultura não é, e jamais será, privilégio de letrado". Essas foram palavras do Senhor Quelé, um dos maiores representantes da Cultura do Reisado em Oeiras e região. 

Conheça sobre a história do Senhor Quelé- Reisado

Clementino Batista Brandão (in memorian), você sabe de quem se trata? Já ouviu falar nesse nome no mundo da Cultura precisamente na cidade de Oeiras?

 Acredito que por seu nome de batismo você não saberá de quem se trata. Agora, se eu tivesse dito, ao invés do seu nome completo, somente 'Senhor Quelé', haveria uma maior probabilidade de você saber de quem se trata, não é mesmo?

Pois bem! 

Nossa série de hoje (Série Cultura) será sobre a vida do Senhor Quelé (in memorian), maior representante do Reisado na cidade de Oeiras e região. Convido a você a conhecer um pouco de sua história  nesse mundo da Cultura, e, também, sobre sua vida e dos seus familiares. 

Senhor Quelé é tão lembrado por todos que até nome de rua, em sua cidade natal (Oeiras-Pi), recebeu em sua homenagem. Você vai ficar sabendo de tudo!  

As informações aqui compartilhadas foram repassadas, exclusivamente, por seus familiares (filhos, netos). Desde já, o BlogdoWeslley Boy deixa aqui sua enorme gratidão a todos eles que dispuseram do seu tempo para nos repassar, sempre prontamente, todas as informações das quais precisávamos. 

E, também, é valido salientar que, nas falas dadas em primeira pessoa do singular (Senhor Quelé respondendo) foi uma pesquisa que uma de suas filhas, Solange Brandão, fez e encontrou alguns relatos dele a uma folha,da época datada de 1987. 

Nosso objetivo é fazer com que sua história de vida pessoal, cultural, seja conhecida e que não fique apenas num passado sem registros. Muitas vezes nos pegamos na dúvida:" Quem era o Senhor Quelé? Como ele era fisicamente? Será que ele era engraçado? Como era sua voz?" Muitas dessas dúvidas iremos lhe tirar. Só lamentamos não poder ter, no momento, nenhum registro em vídeo ou áudio do Senhor Quelé. Caso tenhamos alguma novidade a respeito desses arquivos estaremos compartilhando com todos vocês. 


Veja também:

SÉRIE CULTURA: CONHEÇA A TRAJETÓRIA DO JOVEM DIÊGO MICHEL- DM KURINGA- NA CAPOEIRA


Biografia- Senhor Quelé

Clementino Batista Brandão, Senhor Quelé, nasceu em 14 de novembro de 1930, na região da Graciosa, cidade de Oeiras-Pi. Ao todo, eram em nove irmãos, todos filhos do casal Isabel Maria da Conceição e João Batista Brandão. 

Senhor Quelé- Aniversário
Senhor Quelé- Seu aniversário  em família

Quando veio para Oeiras, casou-se com a senhora Clara  de Araújo Brandão (Dona Clara) com quem teve seus 12 (doze) filhos. Senhor Quelé e sua família residiram na Rua Major Doca Nunes, bairro Canela.

Atualmente, dona Clara (
84 anos de idade) viúva do Sr. Quelé, reside no mesmo bairro e mesma rua em que convivia com senhor Clementino e seus filhos.

Senhor Quelé e sua esposa Dona Clara
Senhor Quelé e sua esposa Dona Clara
Além dos seus filhos biológicos, o senhor Quelé criou mais outras pessoas que, também, considerava-os como seus filhos. Foram eles: Júlia Maria da Silva, Cláudio Evando da Silva Fontenele, Daniel Batista Lira e alguns dos seu netos: Karlén de Araújo Pereira, Paulo Henrique, Sidney Brandão, Sátila Mayra Brandão e Marya Clara Brandão. 

Senhor Quelé com sua neta Sátila Mayra em seus braços
Senhor Quelé com sua neta Sátila Mayra em seus braços
Seu Quelé faleceu em 2 de março de 1997, aos 67 anos de idade. O mesmo tinha problema de coração e, antes de sua morte, sofrido dois derrames. Sendo que um desses, ocasionou paralisia em uma parte do seu corpo. Vale ressaltar que, antes de sua partida, foram quase 2 (dois) anos de tratamento em hospitais da cidade de Teresina (Pi). 

Foto 2020: Rua Major Doca Nunes, rua em que Senhor Quelé morava
Foto 2020: Rua Major Doca Nunes, rua em que Senhor Quelé morava

A partir de agora, você irá acompanhar, no BlogdoWeslley Boy, alguns dos raros relatos do próprio Senhor Quelé em vida. O ano foi 1987.


Senhor Quelé... e seus relatos

Seu Queléera um sujeito que estava aqui para provar que fazer cultura não era e jamais será privilégio de “letrado”. Sem nunca ter frequentado uma escola, ele aprendeu mesmo foi vendo e vivendo. Filho de reseiros, aprendeu com os pais na Fazenda Graciosa, onde, segundo ele, tirar Reis “é uma beleza”. Da Graciosa, seu Quelé veio morar em Oeiras, no bairro Canela- Rua Major Doca Nunes. Além de tirar Reis, Seu Quelé também era mestre na Leseira e Roda de São Gonçalo.

Senhor Quelé com seus filhos em sua casa no bairro Canela
Senhor Quelé com seus filhos em sua casa no bairro Canela
Contemporâneo de outro grande reseiro, Manuel Antônio (também, já falecido), seu Quelé brincou muito com ele e com Peroba, na famosa Leseira de Oeiras Nova. Seu Quelé não era apenas um artista popular imenso. Era um sujeito que transmitia muita energia, brincando  ou não. No terreiro, ele chegava “espantando a tristeza, espalhando a zoada”. Como careta, seu Quelé se transformava: puxava Reis, tirava as cantigas, batia pandeiro, improvisava, metia fogo na moçada, ele era a própria alma do Reis.

Senhor Quelé
Seu Quelé, sua neta Marya Clara (aniversário de 1 ano) e sua filha Solange Brandão

Como foi que o Senhor Quelé começou a dançar Reisado?


A brincadeira de Reis é antiga. Ele era pequeninho, e seus pais eram quem brincavam. Começavam a brincar à meia noite. Você chega com o Reis e o dono da casa nem sabe. Aí, a gente bata na casa, ele abre a porta, recebe e nós brinca. Quando nós sai aquele daquela casa acompanha nós pra outra. Quando chega lá, a gente brinca de novo, aquele acompanha a gente pra outra. Quando chega na derradeira casa tem uma quantidade de gente medonha! E o Reis não tem pagamento, não, quer dizer: o Reis de Promessa!

(Infelizmente, no momento, não temos nenhum registro do Senhor Quelé Dançando Reisado).

LEIA TAMBÉM:


E o que é o Reis de Promessa? 
É assim: o sujeito faz aquela promessa todo ano tirar Reis. Tira o mês todinho, quando for no derradeiro dia, todas as coisas que as pessoas vão dando a gente vai juntando mode fazer a festa de Reis. No derradeiro dia a gente faz a festa, é muito boa! Lá fora não se paga dinheiro. Eles dão é ovos, é uma galinha, é tapioca, tem casa que dá uma leitoa, lá fora é diferente: dá o que quiser! E outro: se chegar na casa de uma pessoa que não tiver nadinha e querer o Reis, ali é de obrigação brincar do mesmo jeito. Quando a gente sai de casa é pra vadiar!

Sua primeira figura no Reisado

No início, ele brincava era no boi. Ele era tão grande que não carregava o boi, os outros é quem carregava na cabeça. Tudo começou na Graciosa,região de Oeiras-Pi, onde ele morava. Ele não deixava ninguém quieto não, corria a ponta em todo mundo. Seu pai,João Batista Brandão, era o dono do Reis. Aí, o tempo foi passando, ele já era frangotinho, um pouco alto, aí arriou um careta. Ai ele disse: “chovê essa careta, chovê se eu brinco!” Aí brincou quela noite e seu pai disse:” Você vai brincar agora é com a careta, fulano vai no boi!” Os caretas num cantava não, só as muié, mas ele batia e cantava. Desse pessoal todo só quem cantava era ele. Ele aprendeu o Reis e sempre em vida!

Os pais do senhor aprenderam o Reis de quem?
Isso aí eu faço um cálculo que é questão da família dele. Agora não tem mais Reis na Beira do Rio...

Lá fora só tinha Reis de vocês?
Só tinha nós mesmo. Depois eu vim embora praqui e fiquei vadiando sem brincar Reis, aí foi indo e minha mãe disse: “ Rapaz, nós nunca mais tiramos Reis, vamos experimentar! ” Quando nós chegamos em Oeiras, tinha Manuel Antônio brincando Reis. Eu brinquei muito com Manuel Antônio em Oeiras Nova! No Buriti tinha outros e na Briona tinha o Raimundo Bola que brincava Reis, não sei se ele ainda brinca.

E como foi que o senhor aprendeu as cantigas?
Eu não sei o que é aquilo não, rapaz! Você não sabe nada e quando bate no pandeiro ou na lata, a gente fica sabendo, parece que entra tudinho; eu não sei de nada, quando chega na casa que vai bater, a cabeça puxa todo rebuliço e dá tudo certo! Ali é pela toada. Tendo um batedor bom é que é! A gente chega na porta da casa e canta:” Ô de casa! Ô de fora... “ Quando o dono da casa abre a porta, aí o sujeito bota aquele baiãozinho, aí o careta pede licença se dá pra brincar uns passarinho. Então, o careta vai brincar o boi, em primeiro lugar é o boi. Eu vi lá em Teresina no ano passado, mas lá bota primeiro é a burrinha. Eu ainda brinquei uma horinha numa casa, mas as cantigas é tudo diferente. Aqui primeiro é o boi. Depois do boi tem aquele baião; depois que o boi sai, vem a burrinha, aí brinca: “Boa noite, meu sinhô/ Boa noite, minha sinhá”. (Tudo que brinca tem que dizer boa noite) “Ê ô meu amo mais minha ama/ licença vou lhe pedir/ meia hora de relógio/ pra minha burra/ Minha burrinha foi-se embora”.  Quer dizer: a burra vai embora. Depois, lá se vem o Jaraguá, o bichão desmantelado (risos). Ai, torna a dizer boa noite: “Boa noite, meu sinhô”. Aí as muié: “Jaraguá!” Ê ô meu amo mais minha ama” (tem que falar pro dono da casa). Aí bota o jaraguá, depois que bota, aí tem o baião do Jaraguá: “ô careta, cadê lavado?/ Meu lavado foi-se embora”. Depois, vem a Nega do Fogo:” Lá chega a Nega, Sinha ê”. Quando a Nega do Fogo vai embora, tem o baião. Aí, tem a despedida dos caretas que vão embora: “Despedida, despedida/ Sai pra fora da cabeça/ Sai pra fora da cabeça/ O senhor e a senhora/ Vale com Deus amanheça/ Vale com Deus amanheça”. Sendo pessoal acostumado a brincar é bonito!

Quer dizer, é bonito mas também dá trabalho, né?
Tem o São Gonçalo, não tem preparamento nenhum. Tem a leseira, não tem preparamento nenhum. Já o boi, tem despesa, tem de comprar de tudo, pano pra embrulhar, fita pra enfeitar. A burrinha, do mesmo jeito. Jaraguá, do mesmo jeito. A Nega do Fogo, do mesmo jeito. Tudo que a gente tira vai guardando que é pra no derradeiro dia comprar massa e rapadura pra fazer o manuê , café, um bocado de ovos. Quem anda lá fora não compra nada disso, o pessoal dos lugar dão. Quando o careta sai, chama o dono da casa pra assistir a festa do derradeiro dia, nem que ele não vá. Se ele for, aquelas bebidas, aqueles cafés não é nada pago, é por conta do Reis. Ah, sim, na derradeira noite, tem o terço; bota os santos na mesa , os caretas ficam na mesa como o padre, quando acaba o terço, as figuras vai caminhando, fazendo uma volta como uma procissão até chegar na casa de novo. Aí é que vai brincar as figuras. Aí é que é dia de matar o boi. O Reis de meu pai é diferente: “não se mata o boi nas casas, mata o boi no derradeiro dia porque ali matou acabou.

Os outros Reisados fazem assim?
Só Manuel Antônio, ele gosta de repetir o boi nas casas. Mas, pra nós só no derradeiro dia, que é quando o boi entra por derradeiro.  Quem primeiro vem é a burrinha, depois o Jaraguá, depois a Nega do Fogo, depois que é o boi. Aí, o rapaz que tá de baixo do boi sai, aí o careta vai cantando e tirando, desmontando o boi, dizendo tudo que o tem: a cabeça, os olhos, boca, dentes, vai tirando e cantando, tira rabo, tira bunda, tira tudo, aí depois guarda pra lá, até o ano que vem.

O senhor começou com que idade?
Foi com sete anos. Só não brinquei a burrinha. Pra nós é diferente: só bota meninota pra brincar burrinha. Eu tenho 57 anos e nunca deixei de brincar Reis, leseira. A única coisa que eu num brinco é Roda de São Gonçalo. Quer dizer, eu só bodejo nela.

Você brincou na leseira do Peroba?
Brinquei muito, muito. Quem ajudava Peroba era eu. Peroba era bom cantador, o desmantelo dele era só não poder ver cachaça!

O senhor acha que antigamente era mais fácil tirar Reis uma brincadeira dessas, um Reis, uma leseira...
Tem diferença muito! De primeiro, todo mundo recebia essas brincadeiras. Lá pra nós, lá fora, ninguém chama não, pensa que não o Reis bate na porta e ninguém manda embora, não! Naquele tempo que nós brincava no interior, dinheiro não se via, ninguém conhecia, mas comissão fazia era carga, tapioca, farinha, ovos, fazia era carga. Era muita gente, depois fazia aquela festa medonha! Hoje em dia esse povo mais velho ainda gosta, mas tem um pessoal aí que só gosta da dança da galinha!

Quantos Reisados tem no município de Oeiras?
Aqui acabou, só tem agora eu. Tinha Mário Ribeiro, ali em Oeiras Nova, mas ele desgostou...

E as outras brincadeiras lá no interior?
Lá pra fora tem Loriano e Rafael pra Roda de São Gonçalo, só esses dois.

De vez em quando, o SERSOM convida o senhor pra brincar fora de tempo. O senhor gosta disso?
De primeiro, eu só brincava em janeiro, que é o mês próprio pra Reis, mas agora tá dum jeito que quando a pessoa quer a gente bota a brincadeira. E eu só vou porque gosto, mas eu acho melhor no tempo certo, quando chega janeiro eu já fico doido. Eu tava em  São Paulo outro dia, iá entrar janeiro e eu disse:” eu sou obrigado a tá lá em casa, aí vim bater aqui”. Eu sou dos tal que só brinca o mês todo, de menos uma noite eu fico satisfeito, mas tenho de brincar. Em tempo de lua, a gente de brinca é muito lá em casa. Quando meus meninos vem de São Paulo, chegam tudo doido. A gente vê os meninos perguntar na rua quando vê Reis: “O que é aquilo?” As crianças gostam muito de Reis!

Houve um tempo em que o senhor pagava a Polícia pra brincar. Como foi isso?
Eu passei muito tempo, muitos anos pagando. Aí, veio um homem de Teresina, falou com o tenente, e hoje eu num pago mais.

O senhor acha que a televisão prejudica o Reisado?
Rapaz, eu num sei não. Mas, tem uma moçada nova aí que só quer saber de radiola e da dança da galinha (risos).

O senhor já frequentou escola?
Eu faço de tudo, todo serviço braçal eu entendo. Meus pais eram vaqueiros vaqueiros do Major Doca Nunes. Lá em casa era pouco, era bem oito irmãos. Agora eu nunca fui pra escola não, só sei borrar meu nome!

Qual é o material que o senhor utiliza pra fazer as figuras do Reis?
A cabeça do Jaraguá é de jumento. Eu tenho há muito tempo. O bicho tá quase sem dente. A cabeça do boi é mais fácil encontrar que a de jumento. Hoje, o Tote faz um boi de madeira, antes dava um trabalho danado, a gente ia no mato cortar pau de grajau pra puder fazer o bicho. A Nega do Fogo é todo um roupão preto, bota uma cabaça na cabeça dela, bota uma vela acesa dentro e um pano da cara pra ninguém saber quem é, aí ela sai pulando...

O senhor disse que o Reis dá uma certa despesa. O senhor já deixou de brincar por causa disso alguma vez?
Já deixei de brincar uns pouco de ano por causa disso. Uma vez eu matei um porquinho pra comprar as coisas. Teve um ano aí que eu num brinquei porque o pessoal que sabia tava tudo pra São Paulo.

Os casais de encontristas dizem que têm um Reis. O que o senhor acha do Reis deles?
Reis sem figura pra mim não é Reis. A boniteza dos Reis é as figura.

O senhor tá preocupado em ensinar, em deixar o Reis pra alguém?
Tem um negrim pretinho que brinca com nós, ele já disse: ”pode deixar que eu tomo conta!”

  • Homenagem ao Senhor Quelé

Você sabia que na cidade de Oeiras, terra natal do Senhor Clementino- o Senhor Quelé- tem uma rua em sua homenagem? Pois é isso mesmo! 




No  bairro Canela, tem uma rua que se chama "Rua Sr. Queler". Não estranhe a escrita (Quelé & Queler). 

Homenagem dada ao Senhor Quelé no bairro Canela- Rua Sr. Quelé
Homenagem dada ao Senhor Quelé no bairro Canela- Rua Sr. Queler
Homenagem dada ao Senhor Quelé no bairro Canela- Rua Sr. Queler
Homenagem dada ao Senhor Quelé no bairro Canela- Rua Sr. Queler


Placa: homenagem dada ao Senhor Quelé no bairro Canela- Rua Sr. Queler
Placa: homenagem dada ao Senhor Quelé no bairro Canela- Rua Sr. Queler



Esta rua, pra quem mora em Oeiras será mais fácil localizar, fica próxima a antiga churrascaria Nunes, no final da rua do bar do Japonês (bem no final da rua mesmo!)

Mapa: Como chegar a Rua Sr. Quelé
Mapa: Como chegar a Rua Sr. Quelé


Legenda do mapa: 
Círculo em verde: Indica que o ponto de partida será na Rua Coronel Benedito Nunes. Ponto de referência é a Praça da Juventude- no Canela. 

Traçado amarelo: Roteiro a ser seguido. Assim que seguir o traçado, você entrará na segunda rua á sua direita. Ela é identificada como rua Manoel Barbosa. Assim que entrar nesta rua, siga em frente. Você entrará na segunda rua à sua direita. Bem na esquina tem o outro ponto de referência, o bar do Japonês. 

Retângulo vermelho: outro ponto de referência, o bar do Japonês. Siga esta rua até o final. Na terceira rua à sua esquerda estará a Rua Sr. Queler (Quelé). 

Traçado azul: Rua Sr. Queler (Quelé). 

Não sei se ficou bem claro!!! rsrs , 

E hoje, em 2020, como anda o grupo de Reisado do bairro Canela?
Com sua morte em 1997, o grupo de Reisado do bairro Canela não ficou no esquecimento. Mesmo com todos os contratempos, jovens do próprio bairro fazem o resgate cultural com apresentações anuais (25 de dezembro a janeiro do ano seguinte). 

Alguns, da época do Senhor Quelé, deram continuidade ao grupo e se estenderam até o início dos anos 2000 (até 2005, mais ou menos) como por exemplo:  (puxador de Reis. Hoje já não brinca mais Reis), Nem (careta, in memorian), Carlinhos (Careta. Ainda hoje acompanha o atual grupo), Rosalvo (Burrinha. Já não brinca mais Reis), Agaci (Boi. Hoje já não brinca mais), Têca (Burrinha. Hoje já não brinca mais), e alguns outros que falham a memória. 

Logo após essa geração, veio uma outra e que até hoje brinca o Reis.Este começaram ainda criança com o Reisado Mirin. São eles: Boy (puxador do Reis), Cadu (Careta), Gilson (Careta), Wanderlei (Careta), Tunin (Careta), Felipe (Careta), Diêgo (careta), Vitor (Careta mirin), Otávio (Careta mirin), Paulo Henrique (Careta mirin e boi), Paulo Afonso- conhecido por Pelado- (Burrinha, boi. Este dançava de um tudo), Jeferson-Jó- (boi, jaraguá), João Neto (Jaraguá), Francisco, Cícero, Dom e Júnior Severo (nega do fogo), Hítalo Rafael (Zabumba), Bambam (organização), Rafael (Careta), Vinícius (Burrinha), Evair (Careta), Tarcísio (Careta mirin), Jhonatan- Galegão- (Careta), Luciano- Padin Bicudo (Careta) e muitos outros. Todos estes citados são que tiveram participações desde os anos 2006 até 2020. 

Confira as redes sociais do Reisado do Canela:
Facebook: @reisadodocanela

YouTube: Grupo de Reisado do bairro Canela
Instagram: @grupodereisadodobairrocanela

Grupo de Reisado do bairro Canela- Boi
Grupo de Reisado do bairro Canela- Boi
Grupo de Reisado do bairro Canela- Boi
Grupo de Reisado do bairro Canela- Boi
Grupo de Reisado do bairro Canela- Nega do fogo e Caretas
Grupo de Reisado do bairro Canela- Nega do fogo e Caretas
Grupo de Reisado do bairro Canela- Careta Tifinca
Grupo de Reisado do bairro Canela- Careta Tifinca
Grupo de Reisado do bairro Canela- Careta  e Burrinha
Grupo de Reisado do bairro Canela- Careta  e Burrinha
Grupo de Reisado do bairro Canela- Apresentação patamar da igreja- Matriz-2015
Grupo de Reisado do bairro Canela- Apresentação patamar da igreja- Matriz- 2015
Grupo de Reisado do bairro Canela
Grupo de Reisado do bairro Canela- Caretas

=================================================================================
Esta foi um pouco da história do Sr. Quelé, grande protagonista da cultura do Reisado na cidade de Oeiras-Pi e região. 

Infelizmente, não conseguimos fotos com ele tirando Reisado! 

Confira abaixo outros registros (fotos) dele e dos seus familiares, que ele tanto amava. 

FILHOS DO SENHOR QUELÉ

Inácia Araújo Brandão Santos
Inácia Araújo Brandão Santos (Inácia)


Adalgisa de Araújo Nogueira
Adalgisa de Araújo Nogueira (Dalgisa)

Maria Diva de Araújo (Diva)
Maria Diva de Araújo (Diva)

Maria Tereza de Araújo Brandão dos Santos
Maria Tereza de Araújo Brandão dos Santos  (Teca)

Solange de Araújo Brandão do Nascimento
Solange de Araújo Brandão do Nascimento  (Solange)

Clementino Batista Brandão Filho
Clementino Batista Brandão Filho (Homim)

Lindalva de Araújo Brandão Pereira
Lindalva de Araújo Brandão Pereira (Lindalva)

Antônio de Passos Araújo Brandão
Antônio de Passos Araújo Brandão (Passos)

Lindomar de Araújo Brandão (Galêgo)
Lindomar de Araújo Brandão (Galêgo)

João Luiz de Araújo Brandão
João Luiz de Araújo Brandão (João Luiz)

Celina de Araújo Brandão Dias
Celina de Araújo Brandão Dias (Celina)

Maria Dalva Brandão dos Santos (Dalva)
Maria Dalva Brandão dos Santos (Dalva)

MAIS FOTOS- Senhor Quelé e sua família

Senhor Quelé- aniversário de 57 anos
Senhor Quelé- aniversário de 57 anos
Senhor Quelé- aniversário de 57 anos
Senhor Quelé- aniversário de 57 anos



Senhor Quelé: Aniversário de um dos seus netos-
Senhor Quelé: Aniversário de um dos seus netos- 

Senhor Quelé e família
Senhor Quelé e família

Senhor Quelé: Arquivo da família
Senhor Quelé: Arquivo da família

Senhor Quelé e seus filhos

Sétimo dia da morte do Senhor Quelé
Sétimo dia da morte do Senhor Quelé

Senhor Quelé e filhos
Senhor Quelé e filhos

Senhor Quelé: Batizado familiar
Senhor Quelé- Batizado familiar
Senhor Quelé
Senhor Quelé



Senhor Quelé
Senhor Quelé

Senhor Quelé ao lado da sua filha
Senhor Quelé ao lado da sua filha 

Senhor Quelé e família
Senhor Quelé e família

Aniversário do senhor Quelé
Aniversário do senhor Quelé

Aniversário do senhor Quelé
Aniversário do senhor Quelé
Senhor Quelé e sua neta
Senhor Quelé, sua neta Marya Clara (aniversário de 1 ano) e sua filha Solange Brandao 


Grande abraço do WB! 

10 Comentários

1- Seu comentário é muito importante para o andamento do blog e somente com ele saberemos se o assunto poderá ser publicado com mais frequência no blog;

2- Ative sempre a barrinha notifique-me pois assim que seu comentário for respondido você leitor(a) será o primeiro (a) a saber;

3- Deixe o link do seu blog abaixo dos comentários, assim todos os usuários poderão visitá-lo;

4- Evite xingamentos, palavras de baixo calão nas postagens!

Abraços do WB!

  1. Parabéns a homenagem linda para meu avô Quelé,que Deus abençoe a vida de vocês saudades eterna vô.
    Neta: Adriana Araújo (filha de Adalgisa de Araújo)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Foi um grande prazer poder compartilhar a história do grande Sr. Quelé, amiga Adriana Araújo. Abraços para você e toda sua família. Deus abençoe todos vocês!

      Excluir
  2. Emocionante essa homenagem ao meu avô Quele ... saudade eterna..
    Neta :SHIRLENE DIAS (FILHA DE CELINA ARAÚJO )

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Foi um grande prazer poder compartilhar a história do grande Sr. Quelé, amiga Shirlene Dias. Abraços para você e toda sua família. Deus abençoe todos vocês!

      Excluir
  3. Parabens pela iniciativa do blog em preservar e lembrar da historia cultural da cidade de Oeiras fazendo a homenagem do Seu Quelé. A historia mostrada acima mostrou como cultivar as brincadeiras e as reunioes com divertimentos foi um legado que ele deixou para seus filhos que deixou até hoje pois quando os seus filhos e netos se reunem sempre é uma alegria e muitas risadas. Parabens a todos e um abraço a todos os Brandãos !

    Rodrigo Brandao neto do Seu Quelé filho do Antonio.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grande abraço, Rodrigo Brandão. Foi imenso o prazer em escrever sobre a história desse grande protagonista da Cultura oeirense. Fiquem com Deus!

      Excluir
  4. Um grande homem toda vez q ele vinha em casa ele me fala fiho nada de usar brinco e fazer tatuagens lembranças desse grande homem fico feliz pela essa homenagem a ele

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nosso muito obrigado por sua participação. Deixamos aqui nosso grande abraço a você e todos familiares. Valeu, guerreiro!

      Excluir
  5. Grande homenagem, nunca conheci ele, sempre ouvi falar e agora pude ler sobre a história dele.

    Wilker Brandão bisneto do seu Quelé , neto de Diva Brandão e Filho de Elvis Brandão

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nosso grande objetivo nessas séries (Série Cultura, do Blog Do Weslley Boy) é fazer com que grandes histórias, como esta contada acima do Sr. Quelé, possa chegar ao conhecimento de muitas e muitas pessoas, que assim como você, Wilker Brandão, não tinha conhecimento. Fica aqui nossa gratidão!

      Abraços para você e toda sua família. Deus abençoe todos!!!

      Excluir
Postagem Anterior Próxima Postagem